segunda-feira, setembro 18, 2006
Valle de Junco produz quase o dobro de 2005
Foi no passado dia 19 de Agosto que se realizou a Vindima do Valle de Junco, Arronches. Cerca de 30 pessoas trabalharam arduamente num fim-de-semana dedicado à apanha das uvas nesta propriedade.
A vindima começou cerca das 6h30m e foi realizada por familiares e amigos com já vem sendo hábito. A produção vinícola supreendeu todos os presentes já que se registou um acréscimo de cerca de 100% em relação ao ano passado. A marca "Lapa dos Gaivões", originária desta propriedade, tem já um ano de colheita engarrafado (2004) e a Sociedade prepara-se para engarrafar o vinho do ano passado.
Durante a tarde realizaram-se jogos tradicionais onde as crianças puderam divertir-se e descansar do trabalho árduo da manhã e à noite foi eleita a I Miss Vindima, prémio atribuído às cinco candidatas ao título. A passagem de modelos, com direito a figurinos muito originais, foi exclusivamente dedicada ao tema "Vindimas".
A vindima prolongou-se até ao fim da tarde, depois de uma pausa para almoço e o vinho encontra-se em fermentação nos lagares da nova adega, muito apreciada por todos os familiares e amigos.
A Festa da Vindima
Opinião
Ainda o sol não tinha nascido por completo já as camisolas novas e brancas aqueciam os corpos dos familiares e amigos reunidos debaixo dos pinheiros na madrugada de 20 de Agosto.
O frio da manhã contrastava com a vontade de vindimar, resultado do bom ambiente vivido nos dois anos anteriores.
Com as t-shirts vestidas, toda a gente se coloca lado a lado para a fotografia de grupo. Enquanto o branco imaculado não é substituído pelo sumo das uvas doces. É a deixa para o início da 3ª Vindima do Valle de Junco. O dia amanhece devagar, com o sol a teimar não aquecer as gotas de orvalho deixadas pela noite fria. Os vindimadores, esses tremiam os dentes e trabalhavam para aquecer as mãos geladas enquanto o sol não aparecia. Ainda pouco passava das sete da manhã.
Com a manhã a avançar, as caixas começam a acumular-se na arca frigorífica. Contar, despejar, empilhar, distribuir. Ninguém tem mãos a medir. A vindima é um trabalho árduo e de equipa. Há que trabalhar em grupo para que nada falte e tudo corra como previsto. Uns cortam as uvas, outros distribuem caixas vazias e água que tardam no avançar da quente manhã, outros, no tractor, recolhem as caixas e levam-nas para perto dos lagares e outros despejam-nas para que sejam moídas.
Toda a gente tem um papel importante no processo: não é a toa que só amigos são convidados para esta grande festa que é de todos aqueles que nela participam.
O almoço é apenas uma pausa no trabalho que continua para além das horas da manhã. Depois do descanso, todos voltam ao trabalho. Há que recuperar do tempo perdido com forças redobradas. O calor é difícil de suportar. As t-shirts adquirem agora um tom mais escuro, diferente daquele que as caracterizava nas primeiras horas do dia. As canções, os cheiros, o ambiente. Tudo inspira a trabalhar mais e melhor. É preciso vontade. O dia avança e o trabalho termina.
Os banhos retemperam. Ajudam a esquecer o cansaço. Reequilibram o corpo. As uvas estão agora divididas entre o lagar e a arca. As últimas serão colocadas cedo, no dia seguinte. À noite faz-se a festa com a eleição da primeira Miss Vindima. Vencem as cinco concorrentes da noite.
A adega impressiona e fascina todos aqueles que conheceram o Valle de Junco antes de tudo. A construção, já em fase de acabamentos faz lembrar uma pequena aldeia, unida num só edifício. Além do esforço conjunto existe a admiração e a paixão conjunta. Ainda que sentida de formas diferentes, ela aí existe. Dentro de cada um.
O fim-de-semana acaba. O sol põe-se. Os amigos regressam a casa. O desejo de voltar fica no coração de todos. A união faz mesmo a força.
Ainda o sol não tinha nascido por completo já as camisolas novas e brancas aqueciam os corpos dos familiares e amigos reunidos debaixo dos pinheiros na madrugada de 20 de Agosto.
O frio da manhã contrastava com a vontade de vindimar, resultado do bom ambiente vivido nos dois anos anteriores.
Com as t-shirts vestidas, toda a gente se coloca lado a lado para a fotografia de grupo. Enquanto o branco imaculado não é substituído pelo sumo das uvas doces. É a deixa para o início da 3ª Vindima do Valle de Junco. O dia amanhece devagar, com o sol a teimar não aquecer as gotas de orvalho deixadas pela noite fria. Os vindimadores, esses tremiam os dentes e trabalhavam para aquecer as mãos geladas enquanto o sol não aparecia. Ainda pouco passava das sete da manhã.
Com a manhã a avançar, as caixas começam a acumular-se na arca frigorífica. Contar, despejar, empilhar, distribuir. Ninguém tem mãos a medir. A vindima é um trabalho árduo e de equipa. Há que trabalhar em grupo para que nada falte e tudo corra como previsto. Uns cortam as uvas, outros distribuem caixas vazias e água que tardam no avançar da quente manhã, outros, no tractor, recolhem as caixas e levam-nas para perto dos lagares e outros despejam-nas para que sejam moídas.
Toda a gente tem um papel importante no processo: não é a toa que só amigos são convidados para esta grande festa que é de todos aqueles que nela participam.
O almoço é apenas uma pausa no trabalho que continua para além das horas da manhã. Depois do descanso, todos voltam ao trabalho. Há que recuperar do tempo perdido com forças redobradas. O calor é difícil de suportar. As t-shirts adquirem agora um tom mais escuro, diferente daquele que as caracterizava nas primeiras horas do dia. As canções, os cheiros, o ambiente. Tudo inspira a trabalhar mais e melhor. É preciso vontade. O dia avança e o trabalho termina.
Os banhos retemperam. Ajudam a esquecer o cansaço. Reequilibram o corpo. As uvas estão agora divididas entre o lagar e a arca. As últimas serão colocadas cedo, no dia seguinte. À noite faz-se a festa com a eleição da primeira Miss Vindima. Vencem as cinco concorrentes da noite.
A adega impressiona e fascina todos aqueles que conheceram o Valle de Junco antes de tudo. A construção, já em fase de acabamentos faz lembrar uma pequena aldeia, unida num só edifício. Além do esforço conjunto existe a admiração e a paixão conjunta. Ainda que sentida de formas diferentes, ela aí existe. Dentro de cada um.
O fim-de-semana acaba. O sol põe-se. Os amigos regressam a casa. O desejo de voltar fica no coração de todos. A união faz mesmo a força.
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